CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 23 de agosto de 2024

"Entre Sóis Multiplicados e Ironias Terrenas: Um Espetáculo Global de Realidades Absurdas"

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 23 de agosto de 2024
Publicado em 24/08/2024 às 13:28

O céu chinês foi palco de uma dança dos sóis, sete ao todo, enquanto aqui no chão, temos mais que sete motivos para sorrir, chorar, rir e ironizar a realidade. Vamos começar com o advogado de São Cristóvão, que ao tentar passar com 22 celulares para dentro de um presídio, parece ter se esquecido que seu escritório era no tribunal, não no mundo do contrabando. Talvez quisesse montar uma operadora de telefonia, “Direito Celular Ltda.”, com atendimento direto ao cliente, sem precisar de cadeado.

Já o golpista que se dizia representante de construtora estava mais para um mestre de obras de fantasias, cavando buracos em hotéis e deixando a conta como alicerce. Fugir de diárias sem pagar virou arte. Parece que o currículo dele inclui até um curso avançado em “Engenharia da Fuga”.

E por falar em vírus, Siriri e mais quatro cidades sergipanas entraram no mapa da Oropouche. Agora, quem diria que o minúsculo mosquito, um arquiteto do caos microscópico, daria tanto trabalho? Os moradores de Siriri estão mais preocupados com as picadas do que com a política, o que nos leva à grande ironia eleitoral de São Miguel do Aleixo: uma candidata única. Se os eleitores piscaram, não há escolha, é “ou vai ou vai”. Uma eleição em que o suspense é tão pequeno quanto o tamanho da cidade.

Enquanto isso, São Paulo resolveu incendiar sua reputação, literalmente. Sete vezes mais queimadas do que em agosto de 2023. Parece que as chamas querem acender um novo tipo de “fogão econômico”, mas em vez de assar pão, estão torrando o ar que respiramos. Até a Amazônia, com toda a sua experiência em queimar, está ficando para trás.

Na China, entre um delivery de drone e outro, os céus decidiram exibir um espetáculo de física, com sete sóis brilhando no horizonte. Parece que o fenômeno quis mostrar que a refração não serve só para lápis dentro de copos, mas também para fazer a gente questionar se estamos vendo a Terra ou o trailer de um filme de ficção científica.

Do outro lado do planeta, Kamala Harris decidiu que é hora de cobrar transparência de Maduro. Quer que o venezuelano publique as atas das eleições, mas parece que, na Venezuela, as atas são como as senhas de Wi-Fi: difíceis de encontrar e, quando você acha, já mudaram.

E quem disse que o humor não poderia vir do mundo financeiro? O dólar resolveu praticar saltos ornamentais e mergulhou para R$ 5,47, enquanto Jerome Powell brinca de maestro da economia global. Entre taxas de juros e bolhas financeiras, os investidores finalmente ouviram o tão esperado “chegou a hora”. Será que alguém mandou um drone para entregar o discurso dele?

No final das contas, enquanto o mundo segue pegando fogo, seja por queimadas ou decisões monetárias, eu me pergunto: será que o advogado com 22 celulares não estava apenas tentando abrir uma linha direta com Marte para fugir deste circo que chamamos de Terra?

Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE