CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 19 de agosto de 2024

As notícias do dia 19 de agosto de 2024

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 19 de agosto de 2024
Publicado em 20/08/2024 às 0:57

No palco da vida moderna, o espetáculo do cotidiano se desenrola com uma mistura de drama e comédia que beira o surreal. Imagine só, no coração de Aracaju, os usuários do Centro Pop se deparam com um verdadeiro “banquete dos descontentes”. Ali, as refeições parecem ter sido substituídas por pratos de ironia amarga, e o que antes era um espaço de acolhimento agora se transforma em uma casa de horrores gastronômicos. A empresa responsável foi notificada, como quem recebe um bilhete do destino, mas as bocas famintas continuam a questionar se o verdadeiro tempero da vida é feito de promessas vazias.

Enquanto isso, nas estradas brasileiras, o trânsito se torna uma roleta russa. O Senado Federal, com seu pincel legislativo, está prestes a redesenhar o quadro das leis de trânsito. Dirigir sob a influência de álcool ou drogas pode agora significar mais do que uma simples multa: é um convite para um pesadelo jurídico, onde as penalidades se elevam ao status de punições mitológicas. O novo código é uma espada de Dâmocles sobre os motoristas, que, ao invés de dirigirem para o futuro, podem estar acelerando em direção ao abismo.

Mas não é só o tráfego que está mudando. A ciência, com seu olhar clínico e inabalável, nos diz que o termômetro da humanidade já não marca os mesmos 36,5 ºC de outrora. A temperatura corporal, esse velho marcador de saúde, está em queda, como se o corpo humano estivesse se adaptando ao calor crescente do planeta. Ou será que, ironicamente, estamos esfriando por dentro à medida que o mundo ao nosso redor esquenta?

E falando em calor, a rodovia SE-160 em Sergipe será parcialmente interditada nesta terça-feira, um lembrete de que, no Brasil, as obras públicas são como as estações do ano: imprevisíveis, mas inevitáveis. Sinalizada, mas não menos inconveniente, a obra é um lembrete de que na estrada da vida, estamos todos sujeitos a desvios inesperados.

Nos Estados Unidos, o cenário político se desenrola como um thriller internacional. A convenção do Partido Democrata para oficializar a candidatura de Kamala Harris é o prólogo de uma eleição que promete ser um épico de proporções globais. E como em todo bom suspense, o FBI entra em cena com revelações bombásticas: hackers iranianos, como vilões de filmes de espionagem, invadiram a campanha de Donald Trump. O palco político americano se torna uma verdadeira arena de gladiadores cibernéticos.

De volta ao Brasil, a arte de Tarsila do Amaral surge como uma relíquia do passado, uma pintura que, como um fantasma, reapareceu quase 100 anos depois de ser criada. A autenticidade confirmada pela família da artista é um sopro de vida em um mundo que muitas vezes esquece suas raízes culturais. A tela de Tarsila nos lembra que, mesmo em meio ao caos, a beleza ainda pode emergir, intocada pelo tempo.

E, por fim, nesta segunda-feira, o céu nos presenteia com um espetáculo natural: a superlua azul. Mais cheia e brilhante do que nunca, ela ilumina as noites de agosto como um farol na escuridão, lembrando-nos de que, mesmo nas noites mais escuras, sempre há luz suficiente para guiar o nosso caminho. Afinal, se até a lua pode ser super, quem somos nós para não tentar ser também?

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE