CRÔNICA

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de agosto de 2024

As notícias do dia 17 de agosto de 2024

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 17 de agosto de 2024
Publicado em 18/08/2024 às 11:27

A Grande Feira da Vida e seus Expositores: uma Crônica Sobre o Dia 17 de Agosto de 2024

Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE

Ah, caros leitores, neste palco infinito onde as cortinas se abrem e se fecham a cada piscar de olhos, somos meros espectadores e, às vezes, os atores principais desta comédia tragicômica chamada vida. Hoje, 17 de agosto de 2024, o enredo foi temperado com uma pitada de nostalgia, um toque de glória e uma boa dose de ironia cósmica.

Vamos começar com o grande ilusionista da televisão brasileira, o homem que transformou o nada em ouro e riu de todos nós enquanto enchia seu baú com cifrões e sonhos. Sim, Silvio Santos, o camelô que virou rei, nos deixou aos 93 anos, depois de uma batalha contra o invisível H1N1. Silvio, com sua voz de trovão e sorrisos desarmantes, agora adentra os salões celestiais, onde, imagino, está planejando sua próxima “Roda a Roda Celestial”. Talvez tenha guardado seu segredo mais engenhoso para o último ato: a fuga definitiva deste circo terreno. Ah, Silvio, você sempre soube como nos entreter, até na partida.

E, enquanto Silvio se despede dos holofotes eternos, outra estrela brilha em nossa pequena Aracaju. Duda Lisboa, a sereia sergipana, medalhista olímpica, foi recebida como uma heroína, desfilando em viatura do Corpo de Bombeiros. É como se a cidade quisesse fazer de suas conquistas a própria redenção, erguendo-a aos céus, como quem diz: “Aqui também se fazem lendas.” O curioso é que o calor do asfalto parecia aplaudir mais alto do que a multidão – ou será que a viatura era mesmo necessária para apagar as labaredas do ego inflamado dos políticos presentes?

Enquanto isso, Itabaiana, aquele velho e teimoso guerreiro do futebol, mostrou que a honra não se rende facilmente. Passar pelos pênaltis do Porto Velho na Série D é como sobreviver a uma tempestade em alto-mar com um remo quebrado. Agora, o Tricolor avança, mas até onde suas forças o levarão? Ah, o futebol, essa metáfora viva de nossos sonhos e desilusões!

E por falar em ilusões, temos a Mega-Sena, esse grande oráculo moderno, que acumulou mais uma vez, agora oferecendo R$ 65 milhões aos sonhadores de plantão. É como se a sorte fosse uma deusa caprichosa, acenando-nos do alto de sua torre de marfim, sabendo que poucos, ou ninguém, escalarão seus muros.

Longe daqui, no grande palco das nações, Kamala Harris e Donald Trump se enfrentam em uma dança de titãs. A pesquisa aponta Kamala com 49% das intenções de voto, enquanto Trump segue de perto com 45%. O que se desenha não é apenas uma disputa eleitoral, mas um embate épico, quase mítico, entre a modernidade incerta e o passado que se recusa a ser esquecido. Será que o futuro terá a voz de uma mulher ou o rugido de um leão desgastado? O palco está montado e o espetáculo promete.

Por fim, no Oriente Médio, onde as palavras “cessar-fogo” ecoam como uma promessa quebrada tantas vezes que perderam o brilho, há um otimismo prudente sobre um acordo entre Israel e Gaza. “Otimismo prudente”, uma expressão tão contraditória quanto “fogo amigo” ou “guerra justa”. Mas, nesse tabuleiro de xadrez onde a paz sempre parece estar a um xeque-mate de distância, até um sopro de esperança é algo a ser celebrado – com reservas, claro.

Assim, caros leitores, este foi o espetáculo de hoje. O circo da vida continua, com suas luzes, sombras e risos nervosos. Silvio talvez estivesse certo em transformar tudo em entretenimento, pois, no fim das contas, nada mais somos do que meros números sorteados na loteria cósmica, esperando nossa vez de girar a roda da fortuna, ou quem sabe, de partir para o próximo grande show.

Até o próximo ato, quando as cortinas se abrirem novamente.