Silvio Santos morre aos 93 anos em São Paulo
Nome mais importante do entretenimento da televisão brasileira, que começou como camelô e locutor de rádio, estava internado desde o início do mês em razão de uma infecção por H1N1. Silvio deixa a viúva, Íris, 5 filhas, 14 netos e 4 bisnetos.
O espetáculo encerrou suas cortinas. O grande maestro do entretenimento, que por décadas soube orquestrar os sonhos de um país inteiro, despediu-se do palco da vida. Silvio Santos, o camelô que vendeu ilusões e colecionou sorrisos, partiu aos 93 anos, deixando um eco de aplausos que ressoará por gerações.
Sua trajetória foi como a de um rio caudaloso, que nasce tímido entre as montanhas e se transforma em um poderoso fluxo, capaz de moldar paisagens e criar novos mundos. Silvio, o jovem locutor de rádio, começou sua jornada como quem aprende a nadar em águas rasas, mas logo dominou as correntezas, navegando por mares desconhecidos e levando consigo uma legião de fãs.
Cada programa, cada risada arrancada do público, era uma nova página escrita na enciclopédia do entretenimento brasileiro. O “patrão”, como era carinhosamente chamado, soube construir castelos em nossas tardes de domingo, onde príncipes e princesas anônimos desfilavam na passarela da fama, iluminados pelas luzes de um palco mágico.
Mas o tempo, esse diretor implacável, um dia gritou “corta!” e a câmera da vida deu seu último zoom. Internado por uma infecção, Silvio lutou como o valente que sempre foi, mas até os heróis precisam descansar. O camelô que virou rei, o apresentador que virou lenda, deixa Íris, sua eterna parceira de palco e vida, cinco filhas que seguiram seus passos, quatorze netos que herdam seu sorriso e quatro bisnetos que, um dia, ouvirão as histórias de um avô que fazia chover aviõezinhos de dinheiro.
Hoje, o Brasil chora a partida de seu maior ícone, mas o choro é doce, embalado pelas lembranças de um homem que não apenas marcou a televisão, mas também o coração de milhões. Silvio Santos, o grande mestre de cerimônias, saiu de cena, mas seu legado continua, como um programa eterno que jamais sairá do ar.
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE