CRÔNICA
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 11 de agosto de 2024
Domingo 11 de agosto de 2024 dia dos pais e encerramento dos jogos olímpicos de Paris 2024
Em um domingo de agosto, onde os relógios pareciam sincronizados com o bater dos corações, o mundo se dividiu entre abraços paternos e despedidas olímpicas. No palco da vida, enquanto o Dia dos Pais se desenrolava com ares de novela, os últimos atos dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 roubavam a cena, numa trama que nem o melhor roteirista de Hollywood poderia imaginar.
Logo pela manhã, o som das panelas ecoava nas cozinhas, como uma sinfonia doméstica em homenagem aos heróis do cotidiano, os pais. Entre um café na cama e um presente embrulhado às pressas, muitos desses heróis disfarçados de pijamas se preparavam para um espetáculo internacional, onde não eram os protagonistas, mas que, com certeza, mereciam um lugar na primeira fila.
No Stade de France, os aros olímpicos, que pareciam ter sido resgatados das profundezas de uma história perdida, brilharam como nunca antes. A medalha de ouro gigante no centro do palco parecia uma metáfora perfeita para o amor paterno: grande, brilhante e impossível de ser ignorado. E, para dar um toque final digno de cinema, Tom Cruise, o eterno agente das missões impossíveis, decidiu fazer uma visita, caindo do céu como uma estrela que se recusa a apagar.
Enquanto isso, em terras sergipanas, a Agrese, como um pai cauteloso, resolveu estender o prazo para os filhos (candidatos) terminarem suas tarefas (inscrições para o concurso). Afinal, quem nunca precisou de um tempo extra para organizar a vida? O INSS, por outro lado, parecia aquele pai que, de repente, resolve fazer uma faxina completa no quarto dos filhos, convocando os beneficiários para uma revisão que mais parecia uma auditoria de rotina.
No campo de batalha, o São Paulo, com a serenidade de um pai que conhece bem seu ofício, venceu o Atlético-GO, que, por sua vez, parecia o filho que não consegue mais se encontrar. Quinze jogos sem vitória é um castigo que até o pai mais rigoroso pensaria duas vezes antes de aplicar.
A noite, contudo, foi dominada pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos. Paris, vestida em suas melhores roupas, se despediu com um show que misturou o clássico com o moderno, o local com o global. O viajante dourado, uma figura que parecia saída de um conto de fadas, desceu dos céus para explorar as ruínas de uma civilização esportiva que, por algumas semanas, havia conquistado o mundo.
E assim, entre risos, abraços e algumas lágrimas escondidas, o bastão foi passado para Los Angeles 2028, numa transição digna dos melhores finais de filmes. Mas, como todos sabemos, o verdadeiro espetáculo é o que acontece nos bastidores, onde pais e filhos compartilham os pequenos momentos que fazem da vida o que ela é: uma maratona de emoções, repleta de desafios, vitórias e, claro, muito amor.
Que venha o próximo capítulo, porque, como em qualquer boa história, a jornada é o que realmente importa. E no palco da vida, todos somos protagonistas, seja num estádio lotado ou numa sala de estar qualquer, onde os maiores heróis vestem roupas comuns e distribuem sorrisos como medalhas de ouro.
Por Antonio Glauber Santana Ferreira – Japaratuba-SE